Tag Archives: Eugénio Roda

André da Loba: quatro livros

andre da loba pensamientras

 

Já por diversas vezes o seu nome, entre os grandes do panorama internacional da ilustração, se passeou no Cria Cria, por aqui, por aqui ou por aqui. Ao longo da lista de obras com as quais se tem destacado na criação infantojuvenil nacional, encontramos em André da Loba um ilustrador-leitor que se deixa seduzir e alimentar pela palavra, e dela faz brotar tantas outras palavras em imagens e universos distintos, em desconstruções felizes, oscilantes: recorde-se “O arenque fumado”, de Charles Cros (pela Bruaá), a seleção poética da Kalandraka da poesia de Bocage, “Antologia poética”, ou os textos de Eucanaã Ferraz em “Bicho de sete cabeças e outros seres fantásticos” (Pi), livros povoados de figuras de cartão ou materiais reciclados, esculturas desajeitadas e quase grotescas, de uma elegância aflita e perplexa. Mas o ilustrador também se alonga em Continue reading

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“Capuchinho Vermelho – Histórias secretas e outras menos”

 

Agora que se assinalam 200 anos sobre a publicação de “Contos da infância e do lar”, dos irmãos Grimm, a Bags of Books edita uma coletânea de contos e “outros menos” em que se reinventa uma das narrativas aí incluídas, “O Capuchinho Vermelho”. Este é um clássico incontornável da literatura infantojuvenil, que, apesar de ser atribuído à dupla de autores alemães e a Charles Perrault (que assina texto com igual título em “Contos da Mãe Gansa”), remonta a Continue reading

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“Tanto quanto”, de Eugénio Roda e Gémeo Luís [no Carrossel com Francisco Vaz da Silva]

 

“À família, que nos faz amigos.
Aos amigos, que nos tornam familiares.
O resto são histórias”
(pág. 1)

“A casa tinha portas para entrar e sair. Tinha chaminé para tirar fumo da lareira e janelas para meter paisagens.
Estava cada vez mais cheia, lá por dentro, e cada vez mais cheia, cá por fora.
Estar: Ser em sítios diferentes sem sair do lugar”
(pág. 2)

Assim começa este livro que é, na minha opinião, uma das melhores edições do ano de 2011. Infelizmente tão Continue reading

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“minhamãe”, de Eugénio Roda e Gémeo Luís

 

As montras resplandecem de cor de rosa, cartõezinhos e coraçõezinhos, bonequitos e versitos, dos clássicos aos humorísticos ou aos do mais absoluto mau gosto, de excertos de grandes poemas a más traduções de discutíveis aforismos de sábios pensadores. E depois temos a mercadoria vária, do “exfoliante vibrante que deixa os pés macios num instante” à zombeteira caneca ou ao ursinho contrafeito agarrado a uma túrgida almofada em forma de coração. Não há escola ou jardim de infância que se não afadigue, ano após ano, a criatividade desgastada, formaldeída e formulaica, literalmente obrigando grupos e grupos de crianças, sob pressão, a produzir “prendinhas” em série e sem sentido, em Continue reading

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