Conta Michaël Leblond que foi após uma visita a um museu japonês que descobriu a técnica do Ombro-Cinéma, inspirando-se assim para a criação de “Moi en pyjamarama”, “Mes robots en pyjamarama” e de, em português, com a chancela da Kalandraka, “Nova Iorque em pijamarama” e este “Luna Parque em pijamarama”. Embora mantendo o fascínio visual inaugurado com o livro dedicado a Nova Iorque, este “Luna Parque…” torna-se naturalmente menos surpreendente para quem já conhece essoutro volume da série, pois apresenta-nos a mesma personagem, uma estrutura idêntica, e, inclusivamente, alguns dos efeitos são similares. Didático, interativo, sem dúvida, mas sempre mais pelo puro prazer da manipulação e magia ótica criada através da passagem de um acetato em movimento sobre imagens do que pela originalidade da escrita. Funcionando sobretudo como objeto de animação, capaz de cativar o pequeno leitor mais reticente, assegura decerto, para todas as idades, horas de entretenimento e de descoberta, na escola e em casa. E, suspeitamos, assegurará também momentos de festivas lutas pela sua posse (alguns progenitores por nós contactados aconselham, com sintomática veemência, a aquisição de mais do que um exemplar por lar…).
Paula Pina
livro “Luna Parque em pijamarama”, de Michaël Leblond [texto e design] e Frédérique Bertrand [ilustrações]
Kalandraka, 2013
[a partir dos 2 anos]