Não há muitos cineastas capazes de filmar crianças como o japonês Hirokazu Kore-eda. Agora, com “Tal pai, tal filho”, o realizador parte de uma história perturbante: duas crianças foram trocadas no hospital, à nascença, sendo o engano descoberto sete anos depois… O resultado nada tem a ver com o pitoresco ofensivo das ficções “telenovelescas”, sempre apostadas em reduzir a infância a um viciado teatro de marionetas. Vemos essa coisa rara que é a solidão das crianças e também a atribulada construção de uma ordem entre adultos e crianças.
João Lopes [em Cannes]
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