O clássico “Cinderela”, do francês Charles Perrault, publicado originalmente em 1697 na coletânea “Contos da Mãe Ganso”, recebeu, em 1983, uma nova e singular abordagem pela mão do ilustrador italiano Roberto Innocenti. A tradicional perspetiva do “conto de fadas”, que inevitavelmente associamos às transformações mágicas de uma Gata Borralheira (outrora escravizada pela madrasta e por duas irmãs invejosas) numa princesa, adquire, na paleta de tonalidades sóbrias de Innocenti, contornos que deslocam a narrativa para o plano do quotidiano. Hiperrealista nos cenários, nos traços e nas figurações, é Continue reading