Uma reflexão e sistematização do que a história fará perpetuar da produção criativa de determinado ano não é, em nosso entender, tarefa que possa ser adequadamente cumprida ainda no decurso desse período ou, sequer, nos dias que se seguem ao seu fim. Por isso, sem as precipitações e as obsessões normativas que regem a quase totalidade das publicações culturais por este mundo dentro, optamos por deixar as obras que mais nos impressionaram e emocionaram em 2011 assentar um pouco da sua intemporalidade nesta primeira meia dúzia de semanas de 2012 – e resumimos, nos próximos dias, o que nos parece ser a essência dessa colheita, os trabalhos aos quais o ano passado merece ficar efetivamente associado. Para inaugurar esta pequena sequência de balanços, a produção literária infantojuvenil de autoria (pelo menos parcialmente) portuguesa:
1. “Todos fazemos tudo”, de Madalena Matoso
[a partir dos 12 meses]
2. “Esqueci-me como se chama”, de Daniil Harms [texto] e Gonçalo Viana [ilustrações]
[a partir dos 5 anos]
3. “O que vês dessa janela?”, de Isabel Minhós Martins [texto] e Madalena Matoso [ilustrações]
[a partir dos 7 anos]
4. “Oinc! – A história do Príncipe-Porco”, de Isabel Minhós Martins [texto] e Paula Rego [ilustrações]
[a partir dos 5 anos]
5. “O país das pessoas de pernas para o ar”, de Manuel António Pina [texto] e Marta Madureira [ilustrações]
[a partir dos 5 anos]
6. “Para onde vamos quando desaparecemos?”, de Isabel Minhós Martins [texto] e Madalena Matoso [ilustrações]
[a partir dos 4 anos]
7. “Como é que uma galinha…”, de Isabel Minhós Martins [texto] e Yara Kono [ilustrações]
[a partir dos 3 anos]
8. “Incómodo”, de André Letria
[a partir dos 18 meses]
9. “Greve”, de Catarina Sobral
[a partir dos 8 anos]
10. “Eu só, só eu”, de Ana Saldanha [texto] e Yara Kono [ilustrações]
[a partir dos 3 anos]
Bruno Bènard-Guedes